Centro de Interpretação Ambiental do vulcão dos Capelinhos (Açores)


Numa época em que tantos falam em desenvolvimento sustentável, mas tão poucos trabalham realmente nesse sentido, é de louvar o caso da Região Autónoma dos Açores que se promove com um turismo sustentável.

Para aqueles que se interessam por fenómenos geológicos, os Açores são um destino imperdível: desde a Furna do Enxofre (Graciosa), passando pelo Algar do Carvão (Terceira), pelas Fumarolas (São Miguel) ou pelo Vulcão dos Capelinhos (Faial), há toda uma diversidade a descobrir.

De destacar é o facto de, neste ano que assinala 50 anos sobre a erupção do Vulcão dos Capelinhos, ter sido inaugurado o Centro de Interpretação Ambiental do Vulcão dos Capelinhos, que para além de ser uma homenagem aos faialenses afectados por este fenómeno, constitui um centro pedagógico e de divulgação científica.

Esta infra-estrutura é composta por várias salas, dispostas a partir de um fuste que simboliza a erupção de um vulcão, nas quais são oferecidas ao visitante informações de carácter científico sobre o fenómeno e onde estão patentes exposições relacionadas com o vulcanismo, com destaque para as que apresentam diversos tipos de rochas e de materiais recolhidos em erupções. “Desde os filmes tridimensionais, maquetas interactivas e artísticas, painéis informativos, computadores que explicam a formação dos vulcões e a evolução do nosso arquipélago, todas as ferramentas tecnológicas foram utilizadas para explicarem complexos fenómenos e a história deste local, começando no big-bang original, passando pela formação do planeta, deslocando-se depois para a nossa condição até aos dias pós-telúricos dos Capelinhos.”, afirmou Carlos César (presidente do governo regional).

Este centro insere-se numa rede que visa uma política geral de valorização do meio natural e de pedagogia e de divulgação científica. No âmbito dessa rede foram edificadas, entre outras, infra-estruturas como a Gruta das Torres, a Casa da Montanha no Pico, o Centro de Interpretação Ambiental e Cultural da Ilha do Corvo ou o Centro de Visitação do Jardim Botânico do Faial. Em breve, aliás, estarão prontos o Aquário Virtual e a Casa dos Dabney, na ilha do Faial, e os Centros de Interpretação Ambiental da Furna do Enxofre, na Graciosa, da Fajã de Santo Cristo, em São Jorge, da Gruta do Carvão, em São Miguel, e o da Fábrica do Boqueirão, na ilha das Flores.

Como referiu Carlos César, “apenas é possível proteger, estimar e utilizar com sustentabilidade o que se compreende”, assim, permitindo uma melhor interpretação do meio e paisagem natural dos Açores a turistas e residentes promover-se-á um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

Enviado por: Elisabete Fonseca (Geógrafa)

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